sábado, 28 de fevereiro de 2015

Diabo na Cruz no Tivoli


"Num concerto de Diabo na Cruz tudo pode acontecer"

Quinta à noite os Diabo na Cruz deram início à sua digressão no teatro Tivoli, em Lisboa. A animação e energia em palco não tardou a contagiar a plateia que logo na 2ª música ("200 mil horas") se pôs de pé.

Já o concerto ia algo avançado quando a meio da música "Casamento" o teclista João Gil dirige-se ao microfone e agradece a presença de todos no concerto que diz ser especial por mais do que um motivo. Chama Joana, a namorada que ama já há 10 anos, a subir ao palco e, quando esta timidamente surge, ele ajoelha-se e pede-a em casamento diante de uma plateia comovida.
Terminam a música e segue-se uma versão de "Luzia" apenas com o canto de Jorge acompanhado pelo piano solitário. Um momento de levar lágrimas aos olhos.

Voltaram ao ritmo de festa com o tema "Saias". "Dona Ligeirinha" e "Sete Preces" levam a audiência ao rubro, com letras na ponta da língua e alegria contagiante. "Vida de Estrada" torna-se a cereja no topo do bolo, nesta altura a maioria da plateia dança, pula e canta do fundo dos pulmões! A banda retira-se para retornar ao pedido do encore.

A simpatia e dedicação ao público foi especialmente notada nos encores. Ao som de "Chegaram os Santos", Jorge Cruz organizou um comboio nas primeiras filas da plateia que culminou com a invasão do palco por algumas dezenas de pessoas. Fez-me lembrar as festas de aldeia que eu tanto estimo. Um final que podia ser perfeito, mas com o qual o público não se contentou. Os Diabo voltaram de casacos na mão para um 2º e último encore que deu a sensação de ser totalmente espontâneo, terminando assim o concerto com "Mó de Cima" e "Armário da Glória".

Uma das melhores bandas nacionais de rock. Com uma base de fãs cada vez mais alargada e sólida, só falta um pouco mais de projecção por parte dos media e reconhecimento pelo grande público para serem tão grandes quanto Xutos e Pontapés.

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