terça-feira, 26 de abril de 2011

"O Rapaz de Olhos Azuis"

Hoje acabei de ler um livro que me deixou extremamente intrigada. É obra de uma autora que me impressionou muito com outros livros, no entanto ao contrário da magia existente em "Chocolate", "Sapatos de Rebuçado" e outros, desta vez Joanne Harris surpreendeu-me afastando-se um pouco do seu estilo criando uma obra mais sombria e inovando na escrita.
A minha mãe ofereceu-me este livro depois de me ter visto a contemplar o livro a capa, as primeiras páginas, mas em especial o que estava escrito na sua contracapa e a curiosidade que esta me deixou. À primeira vista pensei tratar-se de mais um romance, talvez um pouco mais sombrio,mas ainda assim o tipo de romance a que esta autora nos habituou.
Quando o meu professor de português decidiu pedir uma reflexão sobre o tema de um livro que tivéssemos lido pensei de imediato que este seria perfeito. Enganei-me... 
Apesar de ter adorado o livro não tenho a menor ideia de como o hei-de explicar aos meus colegas de turma e muito menos em que tema irei pegar para desenvolver uma composição. Pensei talvez em fazer aqui um pequeno resumo/reflexão que me ajudasse a organizar as ideias.
O protagonista deste livro é um homem de 42 anos que ainda vive com a mãe e faz parte de um grupo de pessoas que usam a escrita como forma de terapia e libertação, assim, todos eles escrevem webjournals num sítio chamado badguysrock (o livro é todo escrito no formato de entradas de webjournals e comentários). Este homem auto-intitula-se de blueeyedboy e escreve histórias..., histórias de assassinatos e histórias que se parecem em muito com memórias de infância e juventude; no entanto, o leitor nunca sabe se estas "histórias" são ficção ou realidade para o personagem. É feito um autêntico jogo de enganos e manipulação que nos leva não só a duvidar da quantidade de autenticidade das narrativas como também da identidade das próprias personagens, pois quando pensamos estar finalmente a perceber a história dá-se uma reviravolta inesperada que muda tudo. Tenho a confessar que ainda não percebi o final e daí me ter intrigado tanto.
A verdade é que achei que fosse uma leitura extremamente interessante mas muito mais complexa do que outras obras da autora.  Tal como noutro tipo de histórias (Inception ) o leitor sente incerteza e alguma confusão em distinguir o real do imaginário. Na minha opinião é simplesmente brilhante.

2 comentários:

Cristina Lemos disse...

Estou com esse mesmo problema em relação a esse livro.. Adorei lê-lo mas não faço a mínima ideia como explicá-lo para a turma.

Quanto ao final do livro, eu acho que foi a mãe que entrou no quarto para lhe dar uma lição. XD

Unknown disse...

É bem provável, mas gostava que ela tivesse sido mais clara, deixa o final muito em aberto...