quinta-feira, 26 de março de 2015

Song of the Sea


Song of the Sea (2014) on IMDb

De 16 a 21 de Março decorreu em Lisboa o festival MONSTRA. Das várias animações exibidas, tive a oportunidade de visualizar Song of the Sea de Tomm Moore. Desde que vira o trailer em 2014 que a curiosidade sobre este filme despoletou. 

A história gira em torno de uma família incomum, e a sua irmã Saiorse, filhos de uma selkie, são levados pela avó para viver na cidade contra a sua vontade. No desenrolar da acção vemos a sua tentativa de voltar a casa que leva ao revelar de segredos e a encontros inesperados. Repleta de magia e transbordando mitologia e simbolismo irlandês, Song of the Sea foi um dos filmes de animação de melhor qualidade que vi nos últimos tempos. Uma história de perda, amor fraternal e persistência que levou, literalmente, a plateia às lágrimas.
Equiparável a filmes de Hayao Myazaki este filme irlandês traz-nos a esperança de continuarmos a ver filmes de animação ocidentais belos com mensagens profundas, que não se deixam depender de técnicas de última geração para que sejam considerados obras-primas.

A minha fé nos Óscares já era pouca, mas agora é nula. Ainda não tive oportunidade de ver os restantes nomeados, mas entre Big Hero 6 e Song of the Sea a diferença é tão abismal que nos faz questionar quais os critérios da Academia.
Na MONSTRA, Song of the Sea recebeu o Prémio Especial do Júri e de Melhor Banda Sonora e com certeza receberá outros prémios pelos festivais que passar, só é de lamentar a falta de projecção que de outra forma poderia ser alcançada.

Secret of the Kells do mesmo estúdio e realizador também é de notar, no entanto a evolução entre os dois filmes é visível. Da minha parte vou apoiar ao máximo este estúdio na esperança de que advenham mais obras de arte, espero que façam o mesmo.




sábado, 21 de março de 2015

Achtung - Uma nova viragem na Era da robótica - JIBO

Boas, daqui Antonino Braz.

Antes de mais quero agradecer à Inês Duarte por me ter convidado para colaborar neste fantástico Blog, e passar de seguida ao tema desta nova publicação, e à minha estreia no Neurónios Curiosos. ;).

Há muito que a humanidade devota uma boa parte do seu intelecto ao desenvolvimento da robótica, e no avanço de novas e melhores I.A. (Inteligência Artificiais). A nossa Evolução tem sido mais lenta no ramo da I.A, do que no ramo da robótica, com o exemplo do robô  ASIMO, patrocinado pela onda, ou SPOT da Boston Dynamic. Gostava que utilizassem o link abaixo para conhecerem JIBO, um robô familiar, com capacidades de vão desde amigo das crianças, companheiro, assistente pessoal, entre muitos outros.




Links que possam vir a gostar!

JIBO - http://www.jibo.com/
SPOT - https://www.youtube.com/watch?v=M8YjvHYbZ9w
ASIMO - https://www.youtube.com/watch?v=JlRPICfnmhw

domingo, 1 de março de 2015

Antestreia de "Road to Extinction"


No dia 25 de Fevereiro, foi exibido no cinema São Jorge o documentário dos Moonspell "Road to Extinction" realizado por Victor Castro. Tanto o novo álbum como o documentário centram-se na problemática da extinção.

Toda a banda esteve presente na exibição. O primeiro a surgir foi Fernando Ribeiro que, causando pressão sob os restantes membros, surgiram rapidamente um a um, juntamente com familiares.
Foi feita uma breve introdução com leitura de um texto em português sobre a temática do álbum e um comentário breve do realizador que explica não ter feito uma grande edição e ter-se concentrado em apanhar o máximo de momentos e documentar a produção do disco em cru.

De seguida deram início à projecção do filme. Extinção é um tema sobre o qual até tenho algum conhecimento, mas a edição de um álbum é algo que me escapa por completo. Apreciei ver as várias fases de produção, ver a dinâmica da banda e identificar semelhanças que podem existir entre esta e um grupo de laboratório.

A partir do momento em que os Moonspell chegam à Suécia o documentário torna-se muito fluido, nem damos pelo tempo a passar, quer seja pelos vislumbres das novas músicas quer fosse pelos momentos cómicos, como os vários takes que foram necessários ao Ricardo , ou a conversa entre o Fernando e a Siri.

Ao longo do filme os Moonspell remetem sempre para o tema do álbum. A extinção, explica-nos Fernando Ribeiro, pode ser interpretada de várias formas por diferentes pessoas. Algumas encará-la-ão de forma mais correcta, atribuindo-lhe o devido peso, outras de forma mais leviana e indiferente. No álbum, os Moonspell retratam também a extinção associada à perda pessoal. Quando nunca mais voltamos a estar num determinado local, com certas pessoas e a sentirmo-nos a pessoa certa, no sítio certo, à hora certa.

Os professores Mário Cachão e Francisco Petrucci-Fonseca (presidente do Grupo Lobo), ambos da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, contribuíram com uma perspectiva mais científica e com o exemplo da conservação do lobo ibérico.

Em suma, o documentário de 80 mins. vai permitir aos fãs de Moonspell ter um contacto mais próximo com a produção de um álbum que deixa muitas expectativas e compreenderem melhor a essência que este se propõe transmitir.